Justiça de Fortaleza proíbe IstoÉ de veicular matéria que relaciona Cid com escândalo da Petrobras

Na edição desta semana, revista traz depoimento que lista Cid entre beneficiários de esquema na estatal; governador diz ser alvo de armação eleitoral

Após ação movida pelo governador Cid Gomes (Pros), edição da revista IstoÉ desta semana teve circulação proibida em todo o País. No último domingo, a juíza Maria Marleide Maciel Queiroz, da 3ª Vara da Família de Fortaleza, deferiu ação movida por Cid que buscava vetar a circulação da revista por "calúnia, difamação e dano moral". Na edição desta semana, o governador apareceria entre nomes envolvidosno escândalo da Petrobras. Matéria envolvendo Cid já foi removida da página da IstoÉ.
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Procurada pelo O POVO, Maria Marleide evitou comentar o caso. Por meio da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE), confirmou apenas a existência do processo, que correria em segredo de Justiça. Já Alexandre Fidalgo, advogado da Três Editorial – empresa responsável pela circulação da IstoÉ –, confirmou a decisão da magistrada, que impediria circulação da publicação em todo o País.
Em nota enviada à imprensa, Cid Gomes (Pros) afirmou na tarde desta segunda-feira, 15, que está processando a Revista IstoÉ por “calúnia, difamação e dano moral” por ter lhe citado na matéria. Segundo Cid, material da revista abriga “clara armação” de seus adversários visando “interferir na disputa eleitoral” deste ano.

No último fim de semana, já circulava informação de que o governador teria sido citado pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, entre supostos envolvidos no pagamento de propinas pela estatal. A acusação inclui depoimento de delação premiada do ex-gestor.

“Sem conversa indecente”


“Não tenho, nem nunca tive, qualquer envolvimento nem qualquer tratativa pessoal com o citado ex-diretor da Petrobras, muito menos qualquer conversa indecente ou corrupta. Todo o meu relacionamento com a Petrobras sempre foi institucional”, diz a nota. Segundo Cid, denúncia seria “clara fraude” tentando envolver seu nome no escândalo para fins eleitorais. 

“Já tive de enfrentar quatro anos atrás, quando da publicação de invenções envolvendo meu nome e o nome do meu irmão, Ciro Gomes, que se revelaram completamente falsas”. O advogado da Revista afirma que ainda estuda o caso, e que irá agir no sentido de “garantir a liberdade de imprensa”.


Redação O POVO Online
com informações do repórter Bruno Pontes

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