Na tarde desta quarta-feira (10/9), o pastor Silas Malafaia usou seu perfil no Twitter para chamar o jornalista James Cimino, do portal UOL, de bandido. O religioso não gostou do resultado de uma entrevista ao repórter e o agrediu verbalmente. "Jornalista do UOL, que mais parece ativista gay, divulga vídeo editado para tentar me denegrir! Jornalismo bandido que defende Dilma.
Crédito:Reprodução/ Uol
Pastor chamou jornalista de bandido por não gostar de reportagem
Na entrevista, Malafaia disse que não votaria em Dilma Rousseff porque "o PT trata bandido como exemplo!". Porém, o repórter então lembrou que o pastor apareceu em um vídeo divulgado nas redes sociais em 2013, em que ele pede que os fiéis não denunciem os pastores corruptos e linkou o mesmo na matéria, citando o conteúdo das imagens.
"Uma meia dúzia de idiotas, de imbecis travestidos de crentes, que essa gente não é crente. Porque quem calunia pastor e fala da igreja não pode ser crente. Vou dar um conselho pra você: 'fica longe de participar de divisão, de calúnia e difamação de pastor. Fica longe disso. Quer arrumar problema para a sua vida? Entra nisso", diz o religioso na gravação.
Crédito:Reprodução/ Twitter
Incomodado com a citação, o pastor resolveu agredir verbalmente o jornalista nas redes sociais. À IMPRENSA, Cimino diz que a princípio não se pronunciará publicamente sobre o xingamento, mas revela que tem toda a entrevista com pastor gravada, comprovando o que ele falou para a reportagem.
Inclusive, o repórter revela que foi elogiado por ele ao fim da conversa. "Ao final da entrevista ele até me elogiou por eu contestar o que ele falava. Ele disse que, em geral, os jornalistas apenas pedem sua opinião sem contestá-lo".
Sobre a agressão verbal, James Cimino diz que Malafaia "xinga todo mundo que discorda dele no Twitter". E acrescenta: "ele está tentando me desmoralizar ou desqualificar por ser ativista gay, que não sou, pois sou jornalista, ou me apontando como bandido".
O jornalista afirma Silas Malafaia "não lida muito bem com conflitos de democracia". "Ele defende tanto o estado democrático e a liberdade de expressão, contanto que as pessoas concordem com o que ele fala".
No entanto, Cimino não sabe se o UOL tomará alguma medida judicial contra o pastor em razão do xingamento, mas admite que não teria problemas com isso. "Se a empresa achar que é o caso, não tenho o menor problema em processá-lo por danos morais. Mas isso depende do jurídico do UOL".
Procurado, Rodrigo Flores, diretor de conteúdo, não atendeu a reportagem para comentar o assunto, pois estava em reunião.
Fonte: Uol
Procurado, Rodrigo Flores, diretor de conteúdo, não atendeu a reportagem para comentar o assunto, pois estava em reunião.
Fonte: Uol