Rússia quer '3ª Guerra Mundial', diz primeiro-ministro ucraniano, saiba.


O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, acusou nesta sexta-feira (25) a Rússia de querer iniciar "uma terceira guerra mundial" ao apoiar a insurreição separatista no leste da Ucrânia e pediu à comunidade internacional união contra a agressão russa.
"As tentativas de agressão do exército russo no território da Ucrânia provocarão um conflito no território da Europa. O mundo não esqueceu a Segunda Guerra Mundial e a Rússia quer iniciar uma terceira guerra mundial", declarou no Conselho de Ministros.
"O apoio da Rússia aos terroristas na Ucrânia constitui um crime internacional. Pedimos à comunidade internacional que se una contra a agressão russa", completou Yatseniuk.
A chanceler alemã, Angela Merkel, disse ao presidente russo, Vladimir Putin, em um telefonema hoje, que está gravemente preocupada a respeito do leste da Ucrânia. Segundo um porta-voz da líder da Alemanha, Merkel espera que a Rússia honre o acordo fechado em Genebra e cobre o desarmamento de milícias ucranianas pró-Moscou.
Grupos de separatistas pró-Rússia tentam controlar cidades no leste da Ucrânia há pelo menos três semanas. Em Slaviansk, principal reduto dos rebeldes, cinco separatistas morreram em confronto com o exército ucraniano, na quinta-feira (24), segundo o Ministério do Interior do país. Um porta-voz dos rebeldes confirma que dois combatentes foram mortos. O exército ucraniano tenta bloquear os insurgentes pró-Rússia em Slaviansk  e impedir a chegada de reforços.
Em retaliação às mortes, o exército russo iniciou novas manobras na fronteira com a Ucrânia,  de acordo com o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu. Ele expressou "grande preocupação" com o ataque das tropas ucranianas contra os separatistas em Slaviansk.
"Nos vemos obrigados a reagir a esta evolução da situação", declarou Shoigu, citado pelas agências russas. "Unidades dos distritos militares do sul e do oeste iniciaram exercícios. A aviação sobrevoa a região da fronteira", disse.
"Autorizaram o uso de armas contra os civis de seu próprio país. Se não pararmos esta máquina militar hoje, isto provocará muitos mortos e feridos", disse Shoigu.
O presidente interino da Ucrânia, Olexander Turchynov, reagiu e acusou Moscou de "apoiar abertamente os terroristas". Ele afirmou que não vai recuar "ante a ameaça terrorista" no leste do país, exigiu que a Rússia retire suas tropas da fronteira com a Ucrânia e que cesse as ingerências nos assuntos internos do país.
"Exigimos da Federação da Rússia a cessação das intromissões nos assuntos internos da Ucrânia, as contínuas ameaças e a chantagem, e que retire suas tropas da fronteira oriental de nosso país", disse Turchynov em mensagem à nação transmitida pelas televisões ucranianas.
O presidente denunciou que "os terroristas" tomaram praticamente toda a região mineira de Donetsk, no sudeste da Ucrânia.
"Os criminosos armados tomam edifícios administrativos, capturam reféns, em particular jornalistas ucranianos e estrangeiros, torturam e assassinam patriotas da Ucrânia", ressaltou Turchynov.
Uol

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